MEDO DE TOMAR

Na visão da Psicanálise, o medo de tomar decisões raramente tem a ver apenas com a escolha em si.

 

O problema quase nunca é decidir, mas sim o que essa decisão representa para o inconsciente da pessoa.

 

Decidir é assumir riscos, abrir mão de caminhos, se responsabilizar por consequências - e para muitas pessoas isso é assustador.

 

O que a Psicanálise entende sobre quem tem MEDO DE DECIDIR?

 

- quem tem medo de decidir, muitas vezes, foi uma criança que não pode escolher nada

- foi muito criticada quando tentava fazer escolhas

- cresceu num ambiente onde errar era inaceitável.

- aprendeu que agradar os outros era mais seguro do que se posicionar

 

Assim, na vida adulta, tomar decisões ativa MEDOS INCONSCIENTES de:

- ser rejeitada

- ser criticada

- errar e se sentir culpada

- perder o controle

- desagradar quem ama

- ficar sozinha

- se frustrar ou frustrar o outro

 

Por trás do MEDO DE DECIDIR, existe:

 

- imaturidade emocional não elaborada

- baixa autoconfiança

- falta de autonomia emocional

- necessidade excessiva de aprovação

- ansiedade diante do novo e do incerto

- perfeccionismo

- medo do erro (porque o erro foi visto como algo inaceitável na infãncia)

 

O perigo de não aprender a DECIDIR?

 

- ficar preso em relações ruins

- aceitar qualquer situação por medo de mudanças

- depender sempre da opinião dos outros

- bloquear o próprio crescimento

- se sentir perdida e vazia

- sabotar as próprias oportunidades

 

O que a Psicanálise faz?

 

- ajuda a pessoa a entender as raízes desse medo

- trabalha as travas inconscientes que a impedem de se posicionar

- fortalece o ego para que ele consiga lidar com escolhas, erros e consequências com mais maturidade emocional

- ensina que errar faz parte da vida - e crescer também é aprender a escolher e a bancar suas escolhas.

 

O Autoconhecimento é o primeiro passo para mudar esse cenário.

Quando a pessoa se conhece, ela entende seus valores, desejos, talentos e necessidades mais profundas.

Assim, as decisões deixam de ser baseadas no medo de errar ou de desagradar os outros e passam a ser guiadas por escolhas alinhadas com a própria essência.